Dezenove anos depois, Vanderlei Cordeiro de Lima vai correr neste domingo, 12, uma maratona no mesmo local onde, em 2004, comoveu o mundo ao ser atacado por um padre irlandês quando liderava a prova com grandes chances de conquistar a medalha de ouro na Olimpíada de Atenas.
Vanderlei terminou com a medalha de bronze depois de ser ajudado pelo torcedor grego Polyvios Kossivas que o ajudou a se livrar do agressor. Kossivas faleceu no início desse ano, mas pode participar da cerimônia organizada pelo Comitê Olímpico Internacional, que conferiu ao brasileiro a medalha Pierre de Coubertain pelo seu espírito esportivo. Vanderlei é o único brasileiro a receber essa honraria.
No último mês de setembro, o Comitê Olímpico Brasileiro lançou o documentário “Vanderlei: Pernas, Cabeça e Coração”, que conta a a história do maratonista. Na capital grega, Vanderlei falou sobre o retorno ao palco da prova que marcou sua vida.
“Antes, a gente corria para chegar em primeiro. Hoje, eu corro para estar no meio do povo. Poder dividir essa sensação e alegria com as pessoas ao meu redor. Isso não tem preço. Ser acolhido pelas pessoas, enaltecido pelas pessoas, nos enche de orgulho. Eu olho para trás e vejo como valeu a pena construir essa história do jeito que foi, de muita superação, muito comprometimento e vontade de vencer. Fez com que eu pudesse ter essa identidade com o povo brasileiro – conta Vanderlei Cordeiro de Lima em entrevista exclusiva ao ge.com.