Do esquema ao técnico: veja o que mudou no Bahia desde 1° jogo com o Flamengo

A história entre Bahia e Flamengo ganhará mais um capítulo neste sábado (30), quando tricolores e rubro-negros se enfrentarão às 16h, no Maracanã, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. No Esquadrão, muita coisa mudou desde o encontro do primeiro turno, na Fonte Nova, e a equipe baiana busca agora uma revanche para sair da zona de rebaixamento.

No primeiro duelo, em maio, o Flamengo levou a melhor e venceu por 3×2, em um jogo marcado por muita reclamação do Bahia contra a arbitragem. O tricolor teve dois jogadores expulsos.

O time que entrará em campo com o objetivo de surpreender no Maracanã será bem diferente daquele que foi derrotado. A começar pelo esquema tático.

O Bahia abandonou o modelo com três zagueiros que tinha Kanu, Vitor Hugo e Rezende. No atual desenho tático, com uma dupla de zaga, Vitor Hugo e Kanu foram mantidos, e Rezende voltou a sua posição original e ganhou destaque no meio-campo.

A configuração do meio também está diferente. Titular no primeiro turno, Yago retornou ao time e, além de Rezende, tem a companhia de Thaciano. Cauly, machucado, está fora.

Nas laterais, Jacaré deu lugar para o contratado Gilberto do lado direito. Na esquerda, o uruguaio Camilo Cándido, que chegou durante a segunda janela de transferências, ganhou a disputa com Matheus Bahia.

Rogério Ceni tenta ajustar o time do Bahia antes do jogo contra o Flamengo

Rogério Ceni substituiu Renato Paiva no comando técnico do Bahia. Crédito: FELIPE OLIVEIRA/EC Bahia

Outra mudança sensível está no ataque. No primeiro turno, o time apostou na velocidade Biel e Arthur Sales, sem um centroavante de origem. Biel perdeu a posição de titular após sofrer lesão, enquanto Sales deixou o clube e voltou para a Bélgica.

O trio de ataque atual, formado por Ademir, Everaldo e Rafael Ratão, se consolidou nos últimos jogos e a tendência é que seja mantido amanhã. Everaldo tem sido criticado pela falta de gols (fez apenas três no Brasileirão), mas conta com o apoio da comissão técnica.

O comando técnico, aliás, também passou por mudança. Treinador durante nove meses, Renato Paiva pediu demissão e foi substituído por Rogério Ceni, que tem a missão de manter o Bahia na Série A.

Nos dois primeiros jogos em que esteve na beira do campo, Ceni não fez grandes mudanças em relação ao time de Paiva. Para essa partida contra o Flamengo, ele ganhou o primeiro período mais longo de treino com os atletas e fez testes durante as atividades.

Além do ataque, a defesa tem sido muito cobrada. Após a derrota de virada para o Santos, na rodada passada, Rogério Ceni criticou o número de oportunidades que o time costuma ceder aos adversários e a grande quantidade de passes errados.

“Nós temos duas alternativas praticamente aqui para jogar. Ou são com pontas muito velozes, de transição, ou tentar fazer um time que possua um pouco mais a bola, cadencie um pouco mais o jogo e não ofereça tantas oportunidades ao adversário. Para que isso aconteça, nós precisamos melhorar a qualidade de passe, entrega de bola, movimentação, estar mais próximos uns dos outros. É o que eu pretendo tentar desenvolver”, explicou.