Por racismo no Maracanã, torcedora argentina segue presa no RJ

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), através do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos, decretou a prisão da torcedora argentina Maria Belen Mautecci. Ela foi acusada de cometer injúria racial no Maracanã, no jogo entre Brasil e Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

De acordo com relatos de testemunhas, a acusada disse para a vítima: “escuta aqui pedaço de macaca, é a minha vez!”. A Justiça não concedeu liberdade provisória para a acusada: “Indefiro o pedido de liberdade provisória, convertendo a prisão em flagrante em preventiva”, disse a juíza.

Para a magistrada, ocorreu injúria racial no caso, com ofensa a dignidade da vítima, em razão de sua cor, raça e/ou etnia: “Trata-se de crime grave e recorrentemente praticado a despeito da profunda indignação por parte da sociedade e dos vários alertas emitidos por este Juizado através do sistema audiovisual deste estádio, inclusive em diversos idiomas”, pontuou.

O TJ-RJ informou que mais 17 torcedores foram conduzidos ao posto da entidade no estádio devido a tumulto, desacato, resistência, furto, dentre outros crimes. Todos foram penalizados com transações penais.

O ofício da decisão foi expedido ao secretário de Polícia Militar, coronel PM Luiz Henrique Marinho Pires e também para a CBF, para as instituições estarem cientes.